São Paulo, sede da abertura da Copa do Brasil em 2014, conquista a confiança da FIFA.
Ao lado da futura sede Corinthiana, ficam uma linha do metrô e outras de trens urbanos, da CPTM, fatores que permitem o transporte de até 100 mil pessoas. Há ainda diversos outros projetos e ações públicas, estaduais e municipais, nas áreas de gestão de eventos, promoção e serviço ao turísta, segurança, acessibilidade, saúde e entretenimento que deverão ser colocados em prática apartir de 2012 pelo governo do estado/prefeitura paulista.
Esses fatores pesaram inevitavelmente na balança e certamente influenciaram a decisão da Fifa de escalar para São Paulo o jogo de abertura, Congresso e Seminário de Árbitros da entidade. Além desses diferenciais, há algumas evidências de que a capital paulista enfim começa a desenvolver o planejamento de longo prazo, para um horizonte de três décadas adiante, com o projeto batizado de SP2040, Visão e Plano de Longo Prazo para a Cidade de São Paulo.
Desenvolvido pela prefeitura paulistana, a meta desse projeto é traçar hoje os rumos da cidade com base em cinco eixos fundamentais: promoção do equilíbrio social, desenvolvimento urbano e sustentável, mobilidade e acessibilidade, melhoria ambiental e oportunidade de negócios. A meta é certamente louvável; resta saber se esse planejamento terá continuidade nas futuras administrações, com as adaptações certamente inevitáveis e necessárias com o passar do tempo, rompendo com outro flagelo brasileiro: a descontinuidade de projetos de governo, quase sempre tomados como projetos de uma administração e abandonados pelo novo governante.
A constituição, pela prefeitura de São Paulo, de um Conselho de Acompanhamento da implementação do programa, composto por representantes da sociedade civil paulistana, seria uma forma segura de garantir a sua eficácia, promover as correções de rota necessárias e a sua permanência pelo prazo proposto. Assim como São Paulo conquistou a credibilidade da Fifa com um trabalho paciente e persistente, as futuras administrações precisarão privilegiar o planejamento e a continuidade de projetos de estado, não de partidos. Afinal, o futuro começa a ser projetado hoje.
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