sábado, 12 de novembro de 2011

DEZEMBRADA - História da Guerra do Paraguai - 2ª Parte

Em 21 de Dezembro de 1868, tendo recebido o necessário abastecimento por Villeta, os brasileiros atacaram o PIQUISSIRI, pela retaguarda e, após seis dias de combates contínuos, conquistaram a posição de, LOMAS VALENTINA, com o que obrigou a guarnição de ANGOSTURA, a render-se em 30 de dezembro. As batalhas da Dezembrada exibiram espantosas mortandades dos dois lados, bem como tentativas de recuo das tropas brasileiras, impedidas graças à presença de Caxias, na linha de frente. López, acompanhado apenas de alguns contingentes, fugiu para o norte, na direção da cordilheira.
Após destruir o exército paraguaio em LOMAS VALENTINAS, Caxias acreditava que a guerra tinha acabado. Não se preocupou em organizar e chefiar a perseguição de López, pois parecia que o ditador fugia para se asilar em outro país e não, como se viu depois, para improvisar um exército e continuar a resistir no interior.
No dia 24 de dezembro, os três novos comandantes da Tríplice Aliança, Caxias, o argentino Gelly Y Obes e o uruguaio Enrique Castro, enviaram uma intimação a Solano López, para que se rendesse. Mas López, recusou-se a ceder e, acompanhando apenas de alguns contingentes, fugiu para o norte, na direção da cordilheira, chegando a CERRO LEÓN.
O comandante-em-chefe brasileiro se dirigiu para ASUNCIÓN, evacuada pelos paraguaios e ocupada em 1º de janeiro de 1869, por tropas imperiais comandadas pelo Coronel Hermes Ernesto da Fonseca, pai do futuro Marechal  Hermes da Fonseca. No dia 5 de janeiro, Caxias entrou na cidade, com o restante do exército e 13 dias depois, por motivos de saúde, deixou o comando e regressou ao Brasil. A partida de Caxias e de seus principais chefes militares fez crescer entre as tropas o desânimo, com a multiplicação dos pedidos de dispensa dos oficiais e voluntários.

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