No ano de 1518, Roma tratou de liquidar o caso do monge de Wittenberg. Lutero foi chamado para responder processo em Roma, dentro de sessenta dias. Mas, por interferência de Frederico, o Sábio, príncipe de Saxônia, o Papa consentiu a questão fosse tratada em Augsburgo, pelo Cardeal Cajetano. Este exigia simplesmente que Lutero se retratasse, o que este, naturalmente, não fez. Tinha Lutero nessa época o apoio do capítulo da Ordem dos Agostinhos e do corpo docente da Universidade de Wittenberg. Cajetano, declararia depois dos três encontros com Lutero:
" Ele tem olhos que brilham, e raciocínio que esconcertam".
O Papa temia suscitar oposição serrada entre os príncipes alemães. Valeu-se, para que isso não acontecesse da diplomacia.Condecorou o protetor de Lutero, Frederico, o Sábio, com a Ordem da Rosa Àurea da Virtude, para afastá-lo de Lutero, e enviou oconselheiro Karl Vom Militz. Este conseguiu, com brandura, que Lutero escrevesse uma carta ao papa, declarando sua fiel submissão; mas reafirmou, também, sua doutrina da justificação pela fé somente, sem os méritos de obras.
Expôs e defendeu sua posição num debate com o Dr. João Eck em Leipzig. O que precepitou o rumo das coisas foi sua declaração de que nem todas as doutrinas de João Hus ( queimado como herege em Constança,no ano de 1415) eram falsas, e que os concílios são passíveis de erros em suas decisões.
Isto o colocou a margem da Igreja Papal, que fundamentava sobre a infabilidade do papa e dos concílios.
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